O Kwinson Constrution Group, com sede nos Camarões, propõe-se construir 20 mil casas em São Tomé e Príncipe, nos próximos cinco anos, no âmbito de um acordo assinado esta sexta feira com as autoridades são-tomenses.
O acordo assinado pelo presidente do Instituto de Habitação e Imobiliária, José Maria Barros, e por Germain Ekamby, do Kwinson Constrution Group, estabelece que 80% das habitações serão sociais e 20% destinam-se ao setor imobiliário.
A primeira pedra para a construção do projeto das 20 mil casas será lançada em fevereiro próximo.
“Trata-se de um projeto que tem um caráter social e económico, uma vez que vai criar cinco mil empregos diretos e 15 mil indiretos”, disse Germain Ekamby, do Kwinson Constrution Group, após a assinatura do acordo, sem avançar em quanto está avaliado o projeto.
O documento define o projeto como uma parceria público-privada, em que o Governo são-tomense deverá identificar os terrenos para a construção dos imóveis e, “em conjunto com as outras instituições, trabalhar para arranjar clientes e organizar as vendas conjuntamente com as instituições bancárias”.
O modelo arquitetónico das construções serão definidas pelas duas partes e a empresa investidora pede ao Governo para, no âmbito do código de investimento estrangeiro, “facilitar todas as isenções e incentivos ao investimento”.
O presidente do Instituto de Habitação e Imobiliária acredita que, com a execução do projeto, o país poderá ver resolvida “uma parte muito significativa do problema de habitação”.
O ministro das Infraestruturas e Recursos Naturais, Osvaldo Abreu, que esteve presente na assinatura do acordo, saudou a iniciativa e pediu aos investidores para que “os compromissos assumidos [com as autoridades] sejam levados a cabo”.
O acordo tem a duração de um ano, tempo que Osvaldo Abreu acredita ser “suficiente para que todos os pormenores com vista a execução das obras sejam concluídos”.
“Há uma determinada vontade e manifesta disponibilidade em avançar para esta mesma empreitada incluindo a instalação no nosso país de fábricas para a construção de equipamentos de diferentes moldes e modelos de fabrico de habitações, que poderá ser destinada ao mercado regional”, sublinhou o governante.
O ministro lembrou “a gritante necessidade” na área de habitação em São Tomé e Príncipe, tendo manifestado “todo o apoio” do Governo com vista à criação de centros urbanos desenvolvidos e modernos, com “infraestruturas adequadas e necessárias com a construção na vertical”.